terça-feira, 27 de outubro de 2009

TEXTO DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO: O "PACTO " ENTRE O LOBO E A ÁRVORE


De hábitos alimentares noturno, o lobo-guará costuma atacar pequenos roedores e aves. Embora seja carnívor, esta espécie não vive sem comer um fruto de uma árvore bastante particular, a LOBEIRA (Solanum lycocarpum). Essa dieta é vital para o lobo-guará: se privado de comer esses frutos regularmente, ele pode morrer de complicações renais causadas por vermes. A lobeira também é recompensada nesta relação, pois o lobo contribui na dispersão de suas sementes

A Lobeira ou Fruta-do-lobo é uma belíssima espécie encontrada no Cerrado (São Paulo, de Minas Gerais, de Goiás, de Mato Grosso e do Tocantins, além do Distrito Federal). Pertence à família Solanaceae, a mesma do tomate e do jiló. Esta família apresenta mais de 96 gêneros de plantas espalhados por todo o mundo. Caracteriza-se por ser uma árvore ou arbusto com até 5m de altura, com folhas simples, alternas e coriáceas, de caule ereto, muito ramificado, repleto de acúleos (tipo de espinho), folhas grandes, verde claro acinzentadas, espinhentas, sinuosas ou dentadas.
O lobo-guará possui mandíbulas fracas e se alimenta de vegetais, frutas e pequenos animais. Na sua dieta é indispensável o fruto da lobeira, que serve como vermífugo natural contra a parasitose renal, na ausência deste fruto o animal morre. È reconhecidamente um importante dispesor de sementes.
O fruto da Lobeira tem sido empregado na medicina doméstica há centenas de anos, estando registrado na literatura médico-botânica do passado as inúmeras e diversas virtudes curativas de seu polvilho. Todavia, nos últimos anos, as pesquisas desenvolvidas independentemente por vários estudiosos têm mostrado que a planta é eficiente na restauração das ilhotas pancreáticas produtoras de insulina, nos casos de diabetes, e conseqüentemente no controle do nível glicêmico no sangue.

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